Eliseu de Almeida, a Terra de Ninguém
Ontem a noite cobri a Ghost Bike de Lauro Neri, o ciclista trabalhador que morreu atropelado por um ônibus na Av Pirajussara, que é a continuação da Eliseu de Almeida, zona sul de São Paulo.
Ontem a noite cobri a Ghost Bike de Lauro Neri, o ciclista trabalhador que morreu atropelado por um ônibus na Av Pirajussara, que é a continuação da Eliseu de Almeida, zona sul de São Paulo.
Na avenida deveria existir uma ciclovia de 15 km prometida em 2007 para estar pronta em 2010, ligando o Taboão ao sistema de transporte público da USP.
A Avenida está sem sinalização de piso, faixas de pedestres ou sinalização vertical o que contraria o artigo 88 do Código de Trânsito Brasileiro.
Segundo ciclistas que por ela passam todos os dias, as vans, os mini ônibus tiram racha na avenida, na disputa por passageiros. Os ônibus por sua vez andam muito velozes e não respeitam. Carros idem.
É lei da selva, terra de ninguém. Motoristas literalmente atiram-se sobre ciclistas na disputa de poder, já que espaço tem.
Qualquer ciclistas sabe que é muito mais difícil pedalar na periferia da cidade, pois quanto mais longe do centro, mais agressivos os motoristas são com pedestres e ciclistas.
Os ciclistas mais velozes preferem pedalar pela esquerda, para evitar esse conflito, mas não são respeitados, mesmo estando dentro da lei.
Segundo dados da Ciclocidade de 2010, 561 ciclistas passam na avenida a cada 14 horas.
Isso é só o começo, aguardem matéria nos canais ESPN.
Vejam aqui a matéria publicada no “Aventuras com Renata Falzoni” em outubro de 2010.