Renata Falzoni em 7 dias de pedal pela França
Nosso roteiro até agora: Cannes, Grasse, Castellane, St Andrés des Alpes, Dignes les Bains, Sisteron, Gap e nesse momento estamos em Corps, uma vila na cota 1000 nos Alpes.
Depois de 7 dias de pedal pela França, minhas perninhas estão começando a se acostumar.
A bicicleta está pesada que só, uns 20 quilos de bagagem. E quem pedala nos Alpes já sabe o que espera: Subidas malvadas, daquelas que começam leve, vão piorando e quando você imagina que “depois daquela curva vem a bendita descida” que nada a subida piora e vai a 12% de inclinação.
A forma física está em dia e a França é um banho de cultura e estilo. Tudo de bom.
Estou trabalhando com tries ciameras, uma Sony Nex VG10, uma GoPro e uma Contour, veja a foto da bicicleta equipada.
Nosso roteiro até agora:
Cannes, Grasse, Castellane, St Andrés des Alpes, Dignes les Bains, Sisteron, Gap e nesse momento estamos em Corps, uma vila na cota 1000 nos Alpes.
Pretendemos chegar a Grenoble depois de amanhã.
A temperatura durante um dia de sol é de 35 graus. Hoje choveu caiu para 7 graus. Muito frio mesmo.
Estamos evitando a N85, a estrada nacional por onde a Rota de Napoleão “oficial” corre. As estradas vicinais são mais longas e com muito mais subidas. Belíssimas. Algumas se parecem as cicloestradas da Alemanha, pois os carros são raros e corta-se campos e plantações sem cercas. Paisagem limpa, sem neuras.
Desnecessário lembrar que aqui um motorista ao nos ultrapassar diminui a velocidade, espera o momento seguro e passa devagar. Não há atropelos ou buzinas. Pedestres e ciclistas são respeitados. Faixa de pedestre é sagrada.
Até Sisteron as plantações eram de flores para a extração da lavanda, matéria prima da perfumaria que inclui tanto os perfumes quanto os aromatizantes de toda a ordem. 80% da produção vai para os produtos de limpeza.
A partir de Sisteron vê-se mais rebanhos de ovelhas e vacas. O queijo local é de babar.
Todas as cidades são medievais, com castelos, fortalezas e igrejas penduradas no alto dos morros. As pontes no entanto são novas. As originais foram destruídas nas guerras. Ao longo da N85 é comum ver-se monumentos aos combatentes da Resistência Francesa.
Todo vilarejo tem um totem com os nomes dos que se morreram em combate. O texto diz: “Aos filhos que morreram pela França”.
O francês é um apaixonado por cães e como eles são bem tratados, não são neuróticos, pelo contrário, são dóceis, tranquilos e acompanham seus donos aos restaurantes, e são benvindos nos trens e ônibus. Nas oficinas de turismo existe um departamento que cuida daqueles que viajam com seus melhores amigos.
Os programas da série Rota de Napoleão versarão muito sobre esse personagem lendário dos franceses.: Napoleão Bonaparte responsável pela modernização da França e consequentemente do mundo.