Chegada a Cannes, início Rota de Napoleão
Chegamos a Cannes em um lindo fim de tarde, montamos as bicicletas no pier da marina do centro, ao lado de pescadores que coziam suas redes.
Voei Alitalia para chegar a França. Antes uma bicicleta não era cobrada como extra. Dessa vez, o gerente da companhia sr. Luiggi alegou que a caixa estava fora de tamanho. É fato. Me obrigou a envelopar com o plático o que me custou 60 reais, o dobro do que normalmente custaria e ainda me taxou US$200,00 por se tratar de uma bagagem fora de padrão. Na real ele até me deu uma “forcinha” e cobrou como se fosse uma peça a mais, e saiu “apenas” US$ 200,00. Caso fosse cobrado uma bagagem fora de tamanho teria me custado US$ 300,00. Um roubo. Era uma caixa de papelão com 20 quilos apenas. Bem menos do que dois volumes de 32 quilos que eu tinha direito. Tão fácil de se transportar que ela veio na esteira junto com as demais bagagens. Foi um scc, “se colar colou”.
Essas coisas realmente detonam o nosso trabalho. O orçamento é curto. Dependo de ajuda das secretarias de turismo locais para conseguir produzir programas de cicloturismo e dar lucro as mesmas cias aéreas. Um tiro no pé esse tipo de atutude, mas fazer o que né?
Chegamos a Cannes em um lindo fim de tarde, montamos as bicicletas no pier da marina do centro, ao lado de pescadores que coziam suas redes. Gente boa que ainda persistem na profissão. Segundo eles, ainda existe variedade de peixes mas quantidade não. Caiu muito devido aos pesqueiros de grande porte.
Já saimos de bike pela cidade, estou com muito peso. Trabalhar em HD demanda carregar mais peso. Além de um bom tripé, o que mais pega é o notebook necessário para descarregar as imagens. Muito peso.
Wikipedia
Cannes, no litoral francês.
Eu pedalo a bicicleta que levei na Africa do Sul.
O Paulo vai de Caloi 29ner. Ambos estamos com pneus de estrada.
O Festival de Cannes recém terminou a cidade ainda respira os eventos. Muita gente de gravata borboleta, black tie, vestidos longos indo ao teatro do festival.
Os fotógrafos papparazzi parecem feirantes. Atiram a esmo e distribuem aos berros seus cartões. Quem pergar é um possível cliente. A venda é por internet. Bendita internet.
Por onde os carros não circulam em Cannes é muito melhor. Ruas estreitas e muitos carros em baixa velocidade, típico da Europa. Pela primeira vez achei a França acessível. Isso quer dizer que os preços de São Paulo estão prá lá de proibidos.
Sentar no restaurante italiano da praça, comer do melhor, com vinho francês, sobremesa, saiu 50 reais por pessoa. O caro é a água. Nas ruas as fontes de água potável resolvem esse gasto desnecessário.
Entre os artistas de rua estão alguns capoeiristas da Bahia que sobrevivem por aqui há uns 10 anos. Como todo artista de rua europeu, não quer saber de papo, quer grana na mão adiantado. O show deles descaracterizou a capoira. É como em Santiago do Chile apenas saltos de manobras, sem roda, ginga ou luta. Perdeu a essência.
Amanhã ficamos por aqui e o pernoite será em Golfe Juan.