Falece em acidente o piloto de balão AC Giusti
Detesto escrever sobre acidentes e fatalidades e cá estou para falar da morte do amigo Antonio Carlos Giusti, piloto de balão falecido nesse último sábado.
Detesto escrever sobre acidentes e fatalidades e cá estou para falar da morte do amigo Antonio Carlos Giusti, piloto de balão falecido nesse último sábado.
O Brasil tem cerca de 70 pilotos habilitados a voar e desses, não mais que 20 estão aptos a voar balões de grande porte, com mais de 7 passageiros. Era o caso de AC Giusti, um piloto tranquilo, experiente e com muitas horas de vôo.
Antes de decolar, os pilotos se reunem, lançam os balões sonda, estudam as direção e intensidade do vento e decidem individualmente se decolam ou não. Esse é um momento decisivo em um vôo.
Naquela manhã de sábado, 29 de outubro, pelo menos 7 pilotos decolaram de Boituva. Se 7 pilotos decolaram é porque havia condições de vôo.
Os relatos dizem que o tempo virou e os ventos aumentaram de intensidade muita rapidamente e todos os pilotos pousaram imediatamente, entre eles Aquilino Gimenez que voava o balão ESPN.
No entanto os 2 balões de grande porte que estavam no ar naquela manhã acidentaram-se no pouso.
Na tentativa de abortar o seu vôo, AC Giusti faleceu no primeiro impacto de seu balão ao solo. Seu balão ainda voou a deriva por uns 2 km e caiu sobre a cerca de lanças pontiagudas de uma casa. Um casal de passageiros também morreu nesse acidente.
O outro balão também teve pouso acidentado, mas ninguém veio a óbito, muito embora todos os passageiros tenham sido hospitalizados.
A ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil, encarregou o presidente da Comissão Aerodesportiva Brasileira, o também piloto Leonel Brites, de fazer um laudo técnico sobre o ocorrido e somente após esse estudo é que se poderá avaliar melhor os fatos.
Esse acidente levantará questionamentos sobre a prática do balonismo de turismo aqui no Brasil, que ainda não é 100% regulamentada. No entanto os números não mentem, voar de balão ainda é estatisticamente um meio seguro de se voar.
Uma coisa é certa, todos os pilotos que eu conheço, de balão, de avião ou o que for concordam que são evidentes as mudancas climáticas. Se antes podia se voar a 30 mil pés (em aviões é claro) a salvo de qualquer problema metereológico, hoje em dia as nuvens estão mais violentas e mais altas.