Bicicletas compartilhadas chegam a USP
Quem pedala na USP, na Cidade Universitária de São Paulo, sabe que o ambiente é inóspito aos que vão de bicicleta, em função de antigas rusgas entre alunos, professores, diretores.
Quem pedala na USP, na Cidade Universitária de São Paulo, sabe que o ambiente é inóspito aos que vão de bicicleta, em função de antigas rusgas entre alunos, professores, diretores, todos eles dentro de seus carros e os ciclistas que treinam em pelotão. Dessas discordâncias sobrou para os que se transportam em bicicletas.
Uns 8 anos atrás houve um incidente com um parente do Reitor e a portaria foi baixada. Ciclistas em treino foram banidos da USP. Desde então ciclistas em transporte muitas vezes têm que dialogar com os porteiros da USP, sobre o direito de ir e vir por dentro do Campus. Afinal se os carros podem cruzar a USP porque as bicicletas não?
Mas isso são águas passadas, hoje o treino está permitido em determinados horários, muito embora ainda falte uma sinalização para que pedestres, ciclistas e corredorres a pé se entendam aos sábados entre si, e com os motoristas.
A USP vira um cáos aos sábados devido a falta de regras e sinalização.
Mesmo durante as semanas, muitos motoristas dentro do Campus não respeitam os ciclistas, embasados pelo sentimento de fatos do passado.
É comum os veículos fecharem os ciclistas, mandarem que saiam da frente, tirarem finas e há até relatos de “tapetadas” quando o passageiro do carro dá um tapa com um tapete no ciclista na via.
O paradoxo nisso tudo é que muitos desses motoristas “apressadinhos” (não os das tapetadas obviamente) estão com as suas bicicletas em racks, ou seja, são os próprios ciclistas que chegam de carro para treinar em bicicletas e, depois, saem atropelando os seus colegas ciclistas!
Agora a boa notícia:
Recebi um convite do PedalaUSP, que lança um protótipo de aluguel de bicicleta aos usuários da USP, para se locomoverem dentro do campus. Nada mais sensato – e atrasado – que alunos e professores da USP se locomoverem em bicicletas.
O natural segundo passo será colocar regras de transito partilhado e sinalizações.
Um terceiro estágio seria até banir os veículos motorizados de dentro do campus, que não os autorizados, uma vez que mais de 98 % dos carros que por lá trafegam, são alheios a USP, são carros que cortam caminho para evitar o congestionamento fora da Cidade Universitária.
A CET que me perdoe mas a USP não deveria servir de pérgola de trânsito de São Paulo.
Sei que estou colocando o dedo em um “Tendão de Aquiles”, mas a real é que há que se questionar um bocado a que serve o nosso Campus, seu espaço físico e toda a infraestrutura de esportes.
Ainda a tempo. Bem lembrado pelo comentário de Lucas… sem falar no Velódromo, que está fechado aos ciclistas e sem condições de uso há mais de duas décadas!