O pedal da Rota Márcia Prado
Sábado dia 19 de dezembro será um dia D na história do cicloativismo paulista. Será a oficialização na prática, no pedal, da Rota Márcia Prado, um roteiro de cicloturismo.
Sábado dia 19 de dezembro será um dia D na história do cicloativismo paulista. Será a oficialização na prática, no pedal, da Rota Márcia Prado, um roteiro de cicloturismo que sai do Grajaú na Zona Sul de São Paulo até Santos.
Depois de termos sido barrados por um forte esquema policial na Imigrantes, no dia 6 de dezembro de 2008, esse ano a Bicicletada Interplanetária – como foi chamado a primeira tentativa de descer a Santos em 2008 – será diferente.
Será a oficialização da primeira Rota Cicloturistica do Estado de São Paulo, A Rota Márcia Prado.
Sai do Grajaú, na Zona Sul da Cidade, corta a Billings pelas suas Ilhas, até Santos, descendo pelo Parque Estadual da Serra do Mar, até o litoral.
A Rota Marcia Prado é assim batizada em homenagem a ciclista assassinada na avenida Paulista no dia 14 de Janeiro de 2009. Assassinada sim, por uma política que permite automóveis e ônibus na Paulista a 70 km por hora.
Márcia Prado morreu apenas 4 dias depois de descer até Santos pela Estrada de Manutenção da Imigrantes, cruzando o Parque Estadual da Serra do Mar.
Nessa última cicloviagem de Márcia os cicloativistas sinalizaram a Estrada de Manutenção da Imigrantes, veja aqui.
A Rota Marcia Prado foi aprovada pela Câmera dos Vereadores, uma proposta do Vereador Chico Macena (PT), veja o link.
Até o presente momento, toda a Rota está “liberada” aos ciclistas, menos os 6 quilômetros de Rodovia dos Imigrantes, por onde os ciclistas deverão pedalar para ter acesso ao Paruque Estadual da Serra do Mar.
Essa negociação é uma novela que o André Pasqualini do Instituto CicloBr está encabeçando, um “diz que diz” danado que não me compete elucidar.
Quando em 2008 fomos barrados por policiais fortemente armados, ficou (mais uma vez claro) claro que a estrutura de estradas em São Paulo está restrita apenas aos proprietários de veículos motorizados, contrariando as leis mais básicas da constituição brasileira, que garante – em teoria – o Direito de Ir e Vir.
A razão para proibir os ciclistas sempre recai na segurança e nunca aponta-se as alternativas seguras garantidas em lei.
Esse ano Andre Pasqualini foi atrás da alternativa óbvia, a descida pela Estrada de Manutenção da Imigrantes cuja gestão é do Parque Estadual da Serra do Mar.
Até o presente momento temos tudo negociado, tudo de acordo com todas as autoridades, menos uma autorização “oficial” para os ciclistas pedalarem os 6 km de acesso até a entrada ao Parque da Serra do Mar.
Ao que tudo indica, descida será “tolerada”, mas não “oficializada” pela Imigrantes. Esta seria a descisão mais “sábia” para acomodar os empasses políticos.
Assim é o país, sempre em cima do muro, sem posição clara em relação a cumprir as leis.
Espero que amanhã sábado dia 19 de Dezembro de 2009 eu saia de casa e chegue a Santos, sem maiores problemas!
Êita tema batido!